Talvez haja caminho, talvez haja luz, talvez haja vida, talvez sejam somente incertezas. Na verdade, parece que nunca houve nada, mas nos livros de história contam que existiu alguma coisa. Algo indecifrável, intocável e tão cortante ou pelo menos de infinitas formas de dor conseguiu entrar nos olhares.
Parece que os átomos recriaram o espaço, dando visibilidade nas máquinas, propagando e irradiando os conceitos do que seja real e do que possa vir a ser felicidade. Parece que os primatas bípedes racionais, por meio de todas as formas possíveis e criativas estão iludidos e dando golpes de aniquilação na espécie.
Tudo e nada parecem estar tão ligados e misturados. Como questões emblemáticas do que é certo ou errado, bom ou mau, correr ou ficar parado. Os olhos parecem estar vendados, mesmo que as máscaras não estejam sobre eles.
Algumas luzes estão acesas, outras apagadas, mesmo quando os acendedores estão todos ligados. O sol nasce e se põe, as montanhas permanecem quietas, as flores e galhos se movem com o vento, o ar não diz nada.
Os acontecimentos aplacaram os continentes e os homens se sentem mais uma vez confusos e perdidos, de olhos vendados. Ainda assim, a natureza mesmo hostilizada, se reconstitui, renovando seu ciclo a servir. O curso da espécie segue e de alguma forma os fatos estão sendo registrados e, muito provável serão contados em outra constelação humana.