Brasília é vista pelo resto do Brasil como a cidade dos políticos, das suas politicagens, tem fama de ser fria, de não ter esquinas e de ser metrópoles sem opção cultural. Dentro desse imaginário de uma Capital Federal inóspita, brota do chão o Museu Nacional da República para acolher projetos culturais importantes e para mostrar que a cidade tem alma. Lá, a voz do artista pode dizer “aqui vivem pessoas criativas e há beleza além das linhas de concreto e mármore dos palácios e prédios públicos”.
O cenário cultural brasiliense não é dos melhores porque o cidadão há anos perdeu acesso ao Teatro Nacional, ao Museu de Arte de Brasília e, agora, vê corte no Fundo de Apoio à Cultura (FAC) sufocar a produção artística e estagnar projetos culturais que já estavam em andamento desde 2018.
Dentro do ambiente claustrofóbico para a cultura, a agenda de maio do museu mostra que os artistas existem, lutam para produzir e que há resistência em época de cortes e contigenciamento.

A produtora Nísia Sacco e o fotógrafo Olivier Boëls trazem para o espaço a exposição “Vozes da Alma” com a obra de seis fotógrafos surdos do Distrito Federal. O projeto tem como objetivo retratar o universo e as percepções dos artistas através da fotografia.

A mostra “Ato – teatro e dança por Mila Petrilho” retrata a produção cênica de Brasília do período de 1985 até o ano 2000, com espetáculos que refletiam o momento politico e social intensos no Brasil. É uma mostra que está mais atual do que nunca.
Marcia Zarur e Samanta Sallum produziram a exposição “A beleza de uma Capital que se revela” resultado do Prêmio Olhar Brasília de Fotografia. Imagens colhidas pelo moradores das 31 regiões administrativas do DF foram projetadas na cúpula do Museu Nacional da República. O resultado foi a valorização o olhar fotográfico das pessoas que vivem, trabalham e constroem a capital do Brasil.
Nesse tempos tão obscuros, vida longa para o Museu Nacional da República